Entre milhares de projetos e hotéis em todo o mundo, a Herdade da Malhadinha Nova está entre uma restrita seleção dos 150 locais imperdíveis. A escolha foi feita por Debbie Pappyn, conceituada jornalista de viagens e autora do livro: “150 Hotels You Need To Visit Before You Die”.
Debbie Pappyn começou a palmilhar o globo em 2004, como jornalista e escritora, sempre na busca de projetos originais, especiais e remotos. Desde então, as suas viagens e relatos têm chegado aos leitores através de revistas como Monocle, Telegraph Luxury, Travel & Leisure, Conde Nast Traveller, Bloomberg, Departures, entre outras, sempre com ensaios fotográficos de tirar a respiração.
Antes deste livro, Debbie publicou, em 2014, com a editora Gestalten, “Remote Places to Stay”, que reúne 22 espaços isolados e remotos, seja um mosteiro no Sul de Itália, ou uma cabana de madeira no Alasca, apenas acessível de avioneta.
Este ano, após desafios e limitações às viagens, Debbie publica novamente, desta feita uma seleção de 150 hotéis únicos que nos fazem sonhar com a próxima viagem. Entre mais de 1000 projetos que a jornalista conheceu, de Nova Iorque e Paris, passando pela Nova Zelândia e o Ártico, está a Malhadinha Nova, esta herdade alentejana, com 460 hectares de natureza no seu estado puro e que impressionaram Debbie, levando-a a incluir esta ideia que começou com uma pequena vinha, há 20 anos, e cresceu até aos dias de hoje.
Debbie Pappyn acedeu a responder a algumas perguntas sobre a sua estadia na nossa herdade.
Pure, sauvage, infini.
A Malhadinha toca na alma e essência do Alentejo de uma forma muito refinada e elegante. A localização é única e a forma como as características modernas se combinam com antigo e tradicional é tocante.
Autenticidade, singularidade, carácter. Não importa se é um hotel Park Hyatt numa grande cidade ou uma pequena residencial. O projeto tem de impressionar e fazer o hóspede sentir-se simultaneamente bem-vindo e em casa.
Um livro de Pico Iyer: The Art of Stillness: Adventures in Going Nowhere. Porque o Alentejo é muito sobre esta busca por quietude e pela beleza de estarmos sós em comunhão connosco. Algo que é muito necessário nestes tempos conturbados.
Um brunch fabuloso que vivi no início de 2020, precisamente no dia 1 de janeiro, em que estavam 20ºC, um céu limpo e azul, com comida de conforto, vinho fabuloso, ótima companhia. Ninguém sabia que este ia ser um ano tão desafiante, mas eu e todos os hóspedes que desfrutaram daquela manhã junto à Ribeira de Terges, poderão guardá-la como uma recordação relaxante, simples, encantadora.
Teria de ser, definitvamente, um ou uma cantora, para que fosse possível ter um concerto intimista nalgum recanto da herdade com um grupo seletivo de amigos. Escolheria alguém que compreendesse a essência do Alentejo. Cru, genuíno, mas comovente, que cantasse com alma. Talvez optasse por Bruce Springsteen, que poderia tocar no meio das vinhas, ou mesmo Kate Bush, que ficaria intrigada com o Cante Alentejano e possivelmente usaria a experiência como inspiração para uma futura canção.